quarta-feira, 30 de julho de 2008

Psicologia aplicada a diferentes áreas

Site de Psicologia aplicada às diferentes áreas de atuação.

O campo da Psicologia abange diferentes áreas de atuação com gande expansão e crescimento na atualidade.

O site: http://www.psicologiananet.com.br/ vem preencher um espaço de informação, orientação e troca de experiências entre profissionais, estudantes e demais usuários, focando a atuação profissional nas especialidades que compoem a atuação do Psicólogo.

Campos de atuação:



  • Psicologia Hospitalar
  • Psicologia da Saúde
  • Psicologia e Saúde Pública
  • Psicologia Clínica
  • Psicologia Comunitária
  • Psicologia do Excepcional
  • Psicologia Jurídica e Forense
  • Psicologia Organizacional
  • Psicologia Educacional
  • Pesquisa em Psicologia

Concentra também informações sobre as diferentes abordagens psicológicas tais como:

  • Abordagem Cognitivo-Comportamental
  • Abordagem Psicanalítica
  • Abordagem Gestalt
  • Abordagem Centrada no Cliente
  • Abordagem Sistemica
  • Abordagem Junguiana
  • Abordagem Corporal
  • Análise do Comportamento
  • Abordagem Experimental

    As contribuições para a melhoria do site, bem como colaboração com artigos, pesquisas e demais contribuições são importantes e bem vindas

    Visite o site: http://www.psicologiananet.com.br/

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Formação do Psicólogo na Saúde Pública

Trabalhando com a Prevenção e Promoção de Saúde

A Saúde Pública é um campo de atuação que o psicólogo necessita ocupar de maneira adequada e condizente com a proposta do SUS e do PSF.

Nesse sentido a formação do Psicólogo para sustentar esse campo, deve enfocar o trabalho com as famílias, a transdisciplinalidade, o trabalho com grupos e o conhecimento da realidade social brasileira

Desde 2006 houve um maior investimento do Ministério de Educação e do Ministério da Saúde nesta questão, bem como um maior interesse em se preparar os futuros psicólogos a trabalhar no SUS

Houve ainda um movimento para que as universidades em seus cursos de graduação valorizassem e investissem nesse tipo de formação modificando as grades curriculares e aparecendo disciplinas baseadas na atuação do Psicólogo na Saúde Pública voltadas para o SUS

Porém, a formação do Psicólogo ainda se encontra numa proposta de clínica tradicional, dentro de uma formação clássica, o que limita sua atuação com poucas ferramentas teóricas, técnicas e críticas para atuar no SUS.

Até pouco tempo atrás, a área de saúde ainda era sinônimo de clínica tradicional, e se caracterizava como uma atividade centrada no indivíduo, cujos objetivos eram, principalmente analíticos, psicoterapêuticos e/ou psicodiagnósticos

Uma outra dificuldade destes profissionais e que é pouco explorada nos cursos de graduação é o trabalho em grupo.

Os trabalhos com grupos, além de se adequarem às altas demandas de atendimentos presentes nas instituições públicas, trazem a possibilidade de intervenção direta na relação e a experiência com o coletivo.

Um dos primeiros empecilhos para o profissional abordar as famílias que o PSF se propõe a acompanhar é o desconhecimento da realidade brasileira das famílias

Percebe-se uma tendência a comparar as famílias atendidas, em geral pertencentes às camadas baixas, a partir da família nuclear – modelo dominante das camadas mais privilegiadas.

Não deve ser desconsiderada as particularidades das familias das diferentes classes sociais, já que cada uma possui organização, regras e valores próprios.

O SUS oferece várias opções para a atuação do profissional de Psicologia. No Estado de São Paulo, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (2006), existem mais de 1000 profissionais trabalhando na rede.

Além da área de saúde mental os profissionais da Psicologia trabalham em programas de doenças sexualmente transmissíveis (DST/AIDS), em Centros de Referência da Saúde do Trabalhador, Unidades Básicas de Saúde, no Programa Saúde da Família, em hospitais públicos e também planejando políticas públicas de saúde

O psicólogo que atua em uma Unidade Básica de Saúde, UBS, integra uma equipe multidisciplinar com pelo menos quinze categorias diferentes de profissionais envolvidos com o mesmo objetivo.

O profissional Psicólogo envolvido no trabalho com saúde pública não trata apenas do psiquismo das pessoas, ele trabalha com seu bem-estar no mundo.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Entrevista Psicológica no Hospital - Escuta e Diretiva

Entrevista Psicológica de Escuta Ativa

Busca proporcionar acolhimento, privacidade, conforto, proximidade interpessoal e relação adequada ao contexto envolvido.

Deve-se manter uma atitude de respeito e interesse sem criticas

Manter contato visual freqüente

Inicialmente fazer perguntas gerais e menos constrangedoras

Perguntas abertas surtem resultados mais profundos. Ex. Como isso ocorreu? Fico imaginando que... Penso que...

Atentar não só ao discurso verbal, mas também ao conteúdo expresso de forma não verbal: postura, gestos, tom de voz, etc.

Observar reações emocionais e pontuar o que está sendo expresso.

Resumir o que entendeu e solicitar esclarecimentos

Respeitar silêncio e/ou o choro, mas ajudar delicadamente o paciente a sair deles.


Entrevista Psicológica Mais Diretiva

Pacientes com grau de inteligência normal e com boa escolaridade deve-se permitir que esses se expressem de forma mais espontânea e livre (com perguntas abertas).

O psicólogo pode falar menos e pontuar reforçando para que o paciente conte sua própria história.

Pacientes desorganizados, com nível intelectual baixo, num estado psicótico ou paranóico, ou ainda travados por ansiedade, a entrevista deve ser mais estruturada.

O psicólogo dessa forma fala mais, dirige a entrevista, faz perguntas mais fácil de serem respondidas.

Nos primeiros contatos com pacientes tímidos deve-se fazer perguntas neutras (qual nome, onde mora, estado civil, etc.) e gradativamente fazer perguntas mais profundas ou constrangedoras.

A entrevista bem elaborada, com uma abordagem respeitosa e cuidadosa dos sentimentos do paciente tem efeito terapêutico, com potencialidade interventiva e ganhos de recursos, num atendimento humanizado que proporciona a motivação do paciente e um efetivo envolvimento na sua recuperação.

A entrevista psicológica no hospital

A entrevista psicológica é o principal instrumento do psicólogo

Por meio da entrevista é possível colher informações valiosas para o diagnóstico clínico, para conhecimento da dinâmica afetiva do paciente, do médico e da equipe que o trata, além de permitir o início de uma intervenção.

Quando se tratar de um encaminhamento para atendimento, é importante que o paciente saiba que passará por uma avaliação psicológica e a enfermagem ou o médico deve informá-lo deste procedimento, fornecendo as informações e esclarecendo os motivos do atendimento.

O Psicólogo deve ainda, antes da entrevista, buscar as informações sobre a evolução e quadro do paciente e se esclarecer do porque da avaliação solicitada.

Como fazer uma Entrevista Psicológica

O estilo da entrevista, na maioria das vezes, é de entrevista aberta, porém com uma estruturação planejada para que permita maior exploração dos conteúdos relevantes a serem trabalhados.

Deve permitir a interação da história da doença: como o paciente faz o relato, deixando-o falar livremente, e como desabafo.

Aspectos importantes devem ser explorados para complementar pontos relevantes e para anamnese

Atentar para o uso de simulação ou dissimulação de sintomas (negação, enganação, falta de percepção e reconhecimento).

Identificar mecanismos de defesa presentes no paciente: risos, perguntas inadequadas, crítica, evitando falar de si.

Com a entrevista é possível estabelecer uma relação de confiança e de esperança oferecendo acolhimento, demonstração de afeto, respeito e atenção.

O atendimento profissional deve permear o percurso da entrevista, informando ao paciente quanto ao sigilo, porém que as informações importantes para sua melhora diagnóstica serão comunicadas ao médico.

Uma única entrevista pode não ser o suficiente e cabe ao psicólogo propiciar um vínculo para outras entrevistas na qual provavelmente o paciente já estará mais acostumado com o profissional e reconhecerá os objetivos envolvidos para sua própria ajuda.

terça-feira, 8 de julho de 2008

A intervenção psicológica no hospital

Atualmente a inserção do Psicólogo no contexto hospitalar é necessária e está cada vez mais presente. Na compreensão da saúde e da doença deve ser considerada as influências do estilo de vida, padrões comportamentais, causas ambientais e ecológicas. como exemplo temos as doenças cardiovasculares, diabete, câncer, Aids, entre outras.

Entre muitos aspectos a serem trabalhados quando se fala em saúde e doença têm-se a evidência da educação de práticas saudáveis e políticas de prevenção, assim como nos tratamentos, a importância da adesão e a redução dos impactos da doença sobre a vida do indivíduo.

O atendimento psicológico no contexto hospitalar tem como objetivo a minimização do sofrimento provocado pela hospitalização e pela doença numa ação integrada com os demais membros da equipe de saúde com um trabalho interdisciplinar.

Uma contribuição importante que o Psicólogo pode agregar na compreensão diagnóstica está no âmbito das representações que o indivíduo tem da doença em geral e da sua doença em particular; no qual inclui a simbologia cultural, social e individual ligada à sua doença.

A atuação do psicólogo no contexto hospitalar não está somente limitada à atenção direta ao paciente, devendo ser considerada a tríade paciente-família-equipe de saúde sempre fundamentado numa atuação profissional

No atendimento psicológico indireto realizado por meio da interconsulta identificam-se fatores iatrogênicos no funcionamento dos serviços hospitalares, que influenciam e geram conseqüencias negativa na hospitalização.

Busca-se então, analisar as situações de conflitos não explicitadas que envolve tanto a equipe quanto a instituição. Recolhendo-se informações com os envolvidos: paciente, família e equipe e realizando-se um diagnóstico da situação para aliviar a crise e restabelecer a relação equipe/paciente.

No caso de um atendimento específico a um paciente para diagnóstico e aconselhamento no manejo da conduta, a pedido de um médico, faz-se a mediação para manter a comunicação entre o paciente e os que estão encarregados de assisti-lo, facilitando a compreensão do quadro e evolução clínica, reforçando-se a importância da adesão e a colaboração aos procedimentos, bem como, mobilizando-o para sua participação ativa em sua própria cura.

A intervenção psicológica no hospital está focada na promoção de mudanças, na facilitação das relações, numa atividade curativa e preventiva, trabalhando os conteúdos manifestos e latentes em relação à doença e ao sentido dado pelo indivíduo à hospitalização, tendo como função diagnosticar e compreender o que está envolvido na queixa, no sintoma, na patologia, contribuindo também para a humanização do hospital numa função educativa

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Reação à doença e à hospitalização

A hospitalização é uma situação que ocorre em qualquer idade e por diversas razões.

Apesar de denotar sentimentos negativos, constitui-se num apoio social de referência ao qual se pode recorrer frente a uma situação de doença que afeta a integridade do indivíduo.

A situação de internação representa um desafio à capacidade de adaptação provocando respostas diferentes em cada pessoa, de acordo com muitos fatores, entre eles:

· experiência anterior de hospitalização
· idade da pessoa
· sexo
· nível de escolaridade
· aspectos da personalidade
· capacidade de enfrentamento (coping)
· significado subjetivo da doença (sentimentos de perda, culpa, castigo, ganhos secundários)
· apoio da família
· situação de trabalho
· situação econômica
· status social
· recursos sociais
· instituição procurada e as condições da assistência
· confiança na equipe de saúde
· acolhimento e ambiente físico disponibilizado
· diagnóstico, tipo de doença (aguda ou crônica)
· prognóstico
· sequelas, limitações, incapacidades
· procedimentos invasivos
· tempo de internação

A resposta de um indivíduo à doença varia em função de estar sofrendo de uma enfermidade de curta duração (aguda), ou de longa evolução, tendo como agravante o tipo de tratamento a ser submetido: resolutivo, paliativo, mutilante, ou incapacitante.

O paciente hospitalizado por uma doença aguda pode apresentar diferentes reações estressantes quer precisam ser consideradas no curso de uma hospitalização:

- Ameaça básica à integridade narcísica: onipotência x impotência
- Ansiedade da separação: pessoas, objetos, ambiente estilo de vida
- Medo de estranhos: sua vida nas mãos de outros
- Culpa e medo de retaliação: doença como castigo
- Medo da perda de controle de funções : fala, esfíncter, andar
- Perda de amor e de aprovação: dependência, auto-desvalorização
- Medo da perda de partes ou dano de partes do corpo: mutilação
- Medo da morte e da dor.

Reações de ajustamento e de adaptação são subdividas de acordo com a duração e com os sintomas predominantes.

· Padrão de sintomas:
- Inicialmente preocupações excessivas (com a doença/corpo)
- Ansiedade (falta do diagnóstico, evolução do quadro)
- Posteriormente depressão (aceitação do quadro)

Geralmente os sintomas negativos são transitórios e melhoram com apoio psicológico e boa comunicação e principalmente, cessam com a recuperação clínica e a alta hospitalar.

Alguns pacientes persistem por mais tempo com episódios depressivos reativos e é necessário intervenção psicológica e ainda avaliação medicamentosa.

Os mecanismos de enfrentamento "coping" temos duas divisões:

1 - Pessoas que são orientadas para o problema:
- Buscam informações (médicos, amigos, familiares, auto-ajuda,etc.)
- Buscam reassumir o controle e se envolvem em sua recuperação

2- Pessoas orientadas para a emoção:
- Lidam com as emoções
- Tentam diminuir o impacto provocado pela situação utilizando mecanismos de defesa
- Apresentam mais desesperança, desamparo, depressão e dependência.

No atendimento psicológico busca-se focar:

- A reestruturação cognitiva trabalhando-se as crenças distorcidas que possui sobre a doença e a hospitalização
- Os recursos positivos para enfrentamento
- O reconhecimento do apoio social
- Tornar situações ameaçadoras mais seguras
- Abrir espaço e acolhimento para a expressão de sentimentos
- Facilitar as orientações e explicações sobre procedimentos e evolução clínica

quinta-feira, 26 de junho de 2008

A Hospitalização

A hospitalização

Assim como cada pessoa como tem uma fisionomia diferente, esta também possui uma forma de viver, conviver, agir e reagir numa configuração única, e um funcionamento e modo de adoecer também próprio.

Na maioria dos casos, qualquer doença que exige cuidados médicos altera de alguma forma, a atuação interpessoal e social do indivíduo.

Isso tem relação direta com o significado que a doença tem para o paciente, do valor e da cultura que a família concebe para o “papel de doente”, e ainda seu comportamento será influenciado pelas respostas que recebe durante sua internação.

O doente internado está impedido de trabalhar, de se divertir, é tirado do convívio familiar e dos amigos e se sente isolado no hospital.

Vai vivenciar sua dor e sofrimento do seu jeito, com sua subjetividade e, por mais que os outros se esforcem para compreende-lo, ninguém sentirá o que ele sente, pois a experiência de estar doente é sentida de uma forma sempre única.

Em seu pensamento existe uma crença de que se o doente tem que ficar internado é porque seu estado de saúde é grave ou permanece insolúvel e todos estes fatores contribuem para acentuar sua vulnerabilidade e aumentar sua insegurança e suas reações de estresse

A hospitalização é vista como uma situação extremamente disruptiva e é natural que o paciente sinta medo e ansiedade.

Muitas vezes, estes sentimentos estão relacionados com o fato do indivíduo estar colocado num papel dependente e passivo.

Vê sua vida nas mãos de outros, que decidem e opinam sobre procedimentos, exames e hipóteses muitas vezes comentadas em linguagem técnica que não entendem e mais ainda o confunde.

Para vincular o paciente a um enfrentamento e se mobilizar para sua cura, existem dois fatores a serem considerados: o primeiro é a existência de um método de tratamento, e nisto se inclui a utilização dos avanços tecnológicos, a experiência, a especialização médica e a utilização dos mais variados tipos de medicamentos (química, hormonal, biogenética, etc.).

O segundo é a adesão ao tratamento da pessoa doente e de sua capacidade de reagir e enfrentar adequadamente à situação e à doença.

A doença e a situação de hospitalização provoca modificações e exigem adaptação do paciente, alterando sua maneira de ser.

Alguns passam de otimistas a pessimistas e vice-versa, outros perdem o sentido de realismo com que sempre viveram, e esses fatores podem levá-los a sérios desajustamentos.

A recuperação do doente, sua posterior reintegração segura no seio social e sua reeducação para os cuidados com sua saúde em termos preventivos, representam os fins pelos quais todos os profissionais da saúde devem lutar.